sábado, 17 de abril de 2010

A distância entre duas pessoas que se amam nunca pode ser medida pela quilometragem.



Deixei o meu amor no aeroporto. Voltei para casa, e ao abrir a  porta, andar pelos cômodos aonde a menos de um par de horas atrás estávamos juntas faz com que escorram as lágrimas.



Por favor, não me levem à  mal. Desde já, vou deixar claro: isso aqui não passa de um desabafo.
Confesso que nunca entendi, e cheguei mesmo a condenar pessoas que namoram pessoas que moram em outra cidade.
Relacionamento à distância?
Torcia o nariz com intolerância, antes de completar:
- Absurdo! Não tem como funcionar.
Ah, como eu estava enganada!
O amor não tem sistema de milhagens. Assim como duas pessoas lado a lado podem estar ilhadas, distantes como se um oceano inteiro as separasse, também pode acontecer exatamente o contrário.
Dois corações, quando ligados, são capazes de transformar em milímetros o percurso entre Terra e Marte.
Claro que a presença física faz falta. Dormir e acordar abraçada, tomar café  juntas, olhar nos olhos e sentir que finalmente encontrei o lugar onde quero e preciso estar…
Perguntar:
- Vamos, amor?
Quando um amigo ou amiga liga chamando as duas para algum lugar…
É como a propaganda do Mastercard:
- Não tem preço.
Insuportável a ausência do reflexo dela em meus olhos…    
Para quem namora a distância, morar juntas, viver na mesma cidade se torna objetivo, meta, fim, idéia de perfeição e prioridade.
Misteriosamente, é o retorno da distância, do afastamento, da não presença material que me faz perceber como a proximidade entre duas pessoas pode ser maior, muito maior do que a simplesmente física.
No exato momento, em que ela me ligou do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, eu soube que nossos corpos cada vez se afastariam mais e mais, isso que temos por dentro – e que cada um chama de um nome diferente: coração, essência, alma, mas que no fundo nada mais é do que aquilo que nos torna reais – se conecta, se mistura, se enlaça ainda mais.
A distância geográfica não deixa de existir, mas já não me assusta, porque… A saudade passa a ser tempero e não desespero. Prova real da intensidade do sentimento. Um segundo são horas tamanha é a falta que ela me faz.
Mas o que fica mesmo é aquele último olhar. Antes do abraço na porta do embarque, os lábios sussurrando ao pé do ouvido:
- Eu volto.
A resposta no mesmo tom ardente, íntimo, suspirado:
- Se não eu vou te encontrar.
Recheado de certeza.
É uma breve questão de meses para que nossas vidas possam ser estruturadas de um jeito em que as idas aos aeroportos sejam necessárias apenas para viagens a trabalho ou para quando as duas forem embarcar.
E definitivamente, dois estados e alguns milhares de quilômetros são pouco, muito pouco a nos separar.
EU TE AMO!

4 comentários:

  1. uuááááll, lindo o qe vc escreveu.. me identifiquei mt!! pois moro no RS e meu amor em MG, é cmplicado.. mas o amor vence qlquer barreira!!!!!!!! :] sorte p vcs querida. Hanny.

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  2. Nossa,nessa página vc cnseguiu traduzir td oq eu tmb sinto, o amor é mágico e ao mesmo tempo imprevisível, é uma mistura de sensações, emoções e etc; resumindo: #LOUCO
    Um grande abraço!!! Brunnah

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  3. ameeeei, me identifiquei muito... pois moro no RS e meu love em SC. mas acima de tudo amamos eles, e nem essa distancia nos separa, nos deixa cada vez mais fortes para vencer qualquer obstaculo. sorte, tudo de melhor pra vcs.

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  4. Eu namoro um garoto que ele e de pernambuco e eu sou de maceio;depois que a gente começou a namora eu conheci a verdadeira dor da saudade.AMEIII oq voce escreveu parabens!!!!!
    FERNANDA LIMA

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